Estamos
perdendo nossos jovens. A UNICEF da conta de que no período de 2013 a 2019, quarenta e dois
mil adolescentes morrerão no Brasil apenas como vítimas de assassinatos. Todos
nós somos responsáveis por isso. É responsabilidade de toda a sociedade buscar
a correção desse "estado de coisas" que compromete o futuro do DF e
do Brasil.
A escolha
para Conselheiros Tutelares era uma oportunidade que tínhamos para contribuir.
Todavia, vimos o que vimos. Ninguém em sã consciência pode aceitar tamanha
aberração.
Não adianta
reclamar do assaltado na porta de casa, do seqüestro embaixo do prédio, do
roubo do veículo no estacionamento, por ficar acordado esperando o filho voltar
do colégio ou da faculdade com receio de que algo lhe aconteça. Não adianta
construir prisões, reduzir maioridade penal, nada, absolutamente nada, vai
adiantar, se não cuidarmos desses que serão os cidadãos do futuro, desses que
nos substituirão, desses que serão responsáveis por construir o futuro do DF e
do Brasil.
Tratar com
descaso as questões relativas a crianças e adolescentes é não ter compromisso
com o futuro da sociedade. Especialmente aqui no Distrito Federal, onde quase 27,34%
(PDAD, 2013) da população têm até 18 anos de idade. É desrespeitar não somente
essa parcela da população, mas também desrespeita os avós, os pais, os
tios...Em fim, desrespeita a nossa população, desrespeita a sociedade como um
todo.
Não
conseguiremos reduzir os problemas sociais que tanto nos aflige se não
investirmos nesse segmento da nossa sociedade, seja pela importância, seja pela
dimensão.
Sem
perceber, mesmo você que não foi candidato, teve seus direitos afetados, na
medida em que o resultado da escolha dos nossos Conselheiros Tutelares está maculado
por dúvidas de toda ordem e natureza.
Autor Arnoldo Lima da Silva Filho
Pós-graduado em Relações Internacionais
Pós-graduado de Administração Pública
Vice-Presidente da Federação da Família Militar no Distrito de Federal - FAMILDF
Oficial de carreira da Força Aérea Brasileira