sábado, 26 de setembro de 2015

IMPORTÂNCIA DOS CONSELHOS TUTELARES

Cuidar das crianças é investir no futuro do país.


Estamos vivenciando a mais importante eleição do país: a eleição para Conselheiros Tutelares dos bairros e municípios em todo o Brasil. Esses Conselhos são imprescindíveis para a existência e eficácia das políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes.
Vivemos em um mundo em que quase metade da população é criança ou adolescente. No Brasil, esse número é da ordem de 60 milhões, aproximadamente, de pessoas, o que representa algo em torne de trinta por cento da nossa população. Não há dúvidas de que atuar com qualidade na formação desses cidadãos do futuro é extremamente importante para as cidades e para o país. Porém, o tempo é cada vez mais escasso porque o número de crianças e adolescentes no Brasil diminui ao longo dos anos. Nos últimos dez anos aumentamos a longevidade e reduzimos a taxa de natalidade, o que representa cada vez menos possibilidade de prepararmos nossos cidadãos no começo de suas vidas. De qualquer forma, hoje, representam mais de um terço da nossa população. Portanto, ainda, há tempo de agir.
Nesse contexto, a relevância dos Conselhos Tutelares se dá, especialmente, por dois motivos: a) São organismos das comunidades com representantes escolhidos diretamente pela população local, em um modelo distrital de votação, o que lhes conferem ser a ferramenta do Estado que mais se aproxima da parcela da sociedade que representa; b) O Conselho Tutelar é um órgão independente, autônomo e não-jurisdicional, o que significa dizer que não depende de autorização de ninguém para trabalhar, afastando-se de interesses políticos de prefeitos, administradores e do poder político em geral; pode decidir e agir sem interferências externas, pois é ele quem, em tese, mais conhece sobre as necessidades da comunidade que representa e, não faz parte do poder judiciário, o que lhe confere rapidez na ação.
Não obstante às características que o reveste de incontestável importância, ele está submetido ao arcabouço jurídico nacional e possui o dever de cuidado no trato da coisa pública, sob pena de responder legalmente pelos atos de sua gestão. A ele cabe zelar pelas crianças e adolescentes da sua área de responsabilidade. É sua missão fazer com que as políticas públicas voltadas para essa expressiva parcela da população cheguem aos bairros, aos municípios, às cidades. Tem, também, o dever de fiscalizar a eficácia dessas políticas e propor adequações para torná-las efetivamente úteis à comunidade.
É, portanto, um importante momento e oportunidade de se exercitar a cidadania na construção de um país melhor, sobretudo nos tempos de hoje, em que vivemos uma demasiada inversão de valores.
Vamos agir!

Autor
Arnoldo Lima da Silva Filho
Pós-graduado em Relações Internacionais
Pós-graduado de Administração Pública
Vice-Presidente da Federação da Família Militar no Distrito de Federal - FAMILDF
Oficial de carreira da Força Aérea Brasileira

Palavras do Comandante do Exército Brasileiro. Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial.