quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Estão quebrando o Brasil...

Prever 30.5 bilhões de déficit no orçamento de 2016 é declarar que vai adquirir uma dívida no ano que vem para nós, povo brasileiro, pagar. Assim é fácil demais, “tocar a vida”, endividando-se “em nome dos outros”. Até quando vamos aceitar a incompetência dos nossos políticos na gestão dos nossos negócios? É isso mesmo? Nós, povo brasileiro, sociedade organizada, vamos aceitar isso? Aliás, onde estão as entidades representativas, as associações de classes, a sociedade organizada? Vamos todos pré-autorizar o governo a adquirir uma dívida de 30,5 bilhões em nosso nome?
Isso até seria admissível se nós, povo brasileiro, sociedade brasileira, não tivéssemos colocado à disposição do governo essa super-máquina de produzir recursos, de produzir dinheiro, chamada BRA-SIL. Explicações aceitas: incompetência total para administrar nosso país ou total desrespeito com o cidadão brasileiro, desrespeito com a sociedade, ir-res-pon-as-bi-li-da-de. Não vejo outros motivos. E como solução não é admissível a geração de mais tributos. Isso seria nos punir a todos, nós cidadãos brasileiros, a nossa sociedade, duas vezes.
Que tal considerar reduzir o tamanho da máquina pública, a estrutura do Estado. A estrutura do Estado brasileiro possui 100 mil servidores públicos que estão em cargos de confiança, ganhando, além dos salários, gratificações financeiras razoáveis, em decorrência da função de confiança que exercem. Temos um Estado que aumentou os gastos com pessoal, com servidores públicos, com seus agentes, de 2003 a 2013, de 79 bilhões para 222 bilhões de reais. E lógico que para acomodar tanta gente, é necessário uma super-estrutura física com prédios e repartições que, também, custam caro para o Estado. Atualmente, o Estado brasileiro gasta mais de 1 bilhão de reais só com aluguéis de prédios para suportar a atividade estatal.
Eu não acredito no governo. Não acredito nos números que o governo apresenta. Em um país que vale tudo para a manutenção do poder político, para se manter na situação. Lamentavelmente, vivemos em um país que mostra todos os dias exemplos de falta total de escrúpulos no trato com a coisa pública e desrespeita reiteradamente o cidadão brasileiro. Políticos assim não são passíveis de crédito popular, não são passíveis de confiança mínima.
De qualquer forma e apesar dessa irrefutável desconfiança, que não deve ser uma exclusividade deste autor, o déficit apresentado para o orçamento de 2016, no valor de 30,5 bilhões de reais, para mim, é um artifício político ou burrice. E para quem acha que sendo verdade e que se trata de puritanismo do governo, que se trata de uma recuperação moral baseada na tempestiva mudança de comportamento e que prover transparência na gestão dos nossos recursos e não de burrice, basta observar o impacto negativo que essa informação está produzindo em todas as instâncias da sociedade organizada e no exterior. E isso não deveria estar acontecendo, porque o país tem recursos de sobra para ser bem sucedido.
Mas tudo bem. O importante é o que será apresentado pelo governo como solução para esse problema que, como exposto, já se sabe que ocorrerá. Vamos ver se ele, o governo, irá apresentar soluções lógicas para o problema previsto. O governo e sua equipe têm a obrigação de prover uma solução antecipada, afinal de contas é para isso que serve o orçamento, para prever, se antecipar e, lógico, providenciar soluções.